domingo, 30 de dezembro de 2012

De volta do sonho natalício

Este mês passou a voar e foi marcado pelo o regresso oficial do espírito do Natal que estava adormecido em mim.
Ter um filhote de 4 anos que vibra com as decorações de Natal e todos os preparativos desta época fez-me  lembrar que eu também gosto destas coisas, principalmente quando envolvem trabalhos manuais e doces caseiros.
Então foi um mês recheado de postais caseiros para mandar aos amigos do Martin e família, decorações na casa toda, bolachinhas de natal, embrulhos caseiros. Um exagero segundo qualquer espírito anti-natalício :)

Mas aqui na Dinamarca e em geral nos países nórdicos, o Natal é muito vivido durante o mês todo de Dezembro e não apenas nos dias 24 e 25.
Há muitos rituais, encontros, cozy Chritstmas, e claro jantares e almoços de Natal com todos os amigos colegas de trabalho e pessoas que se possam imaginar.
Acho que é tão vivido e importante também porque é a altura mais escura do ano - às 4 da tarde está completamente escuro, por isso qualquer luzinha ou presentinho é uma alegria para miúdos e graúdos.

Absolutamente obrigatório para as crianças é o calendário de Natal, em que todos os dias do advento se abre uma janelinha que tem (não apenas um chocolate) mas um presente pequenino. E há muitos pais que compram e embrulham 24 presentes vezes o número de filhos que têm.
Confesso que ainda não me encontro nesse estado de emancipação natalícia e comprei uns calendários de Natal já feitos com figurinhas de Lego que se montam a cada dia. Foi a delícia matinal do Martinico...

Em geral este mês é tão eufórico de alegria e presentes e excitação para as crianças que dou por mim a pensar que não consigo lidar com tanta agitação matinal do meu filhote que acorda em estado de mais completa euforia e tagarela sem parar, enquanto a mim só me apetece maldizer o mundo porque é muito cedo para qualquer actividade!!

Mas acordar com uma mãe resmungona a dizer: "és capaz de estar quieto e calado!" quando o puto só está feliz... Não é  lá muito natalício :)




domingo, 2 de dezembro de 2012

A fugir da multa...

Ultimamente ando de bicicleta sempre com medo de apanhar uma valente multa, desde dia 1 de Novembro mudaram as regras e passámos a ser histéricos da luz nas bicicletas.

As novas regras exigem que as luzes sejam vistas pelo menos a 300 metros de distância, mas ao mesmo tempo não podem cegar.
Além disso têm de ser visíveis de lado e se piscarem tem de ser pelo menos 120 vezes por minuto.
MAIS - a bateria tem de durar pelo menos 5 horas e AINDA têm de estar bem presas à bicicleta e não podem estar presas ao ciclista.

Sou só eu que acho estas regras absurdas!?! Se isto fossem as regras para andar com a bicicleta no campo, tudo bem, mas na cidade? 

E como é que os policias vão testar se toda a gente está a cumprir? Medem os 300 metros? Contam o piscar/minuto?
Mesmo que sejam luzes novas e certificadas, pode ser que tenham ficado mais fraquinhas com o uso ou a bateria não dure 5 horas.

Para mim isto é ridículo, e um forma de ir toda a gente gastar dinheiro em luzes novas!
Eu sou contra, e ainda não mudei as minhas, mas ando sempre com medo de apanhar multa. Acho que é neste fim de semana que dou fim à minha rebeldia de ir contra à lei e gasto uma fortuna no raio das luzes.

É que as multas aqui não são para brincadeiras, esta será de 700 kr = 95 € !!

Só me lembro de uma única vez não ter pago uma multa e ao passar o prazo recebi uma simpática carta a dizer que agora teria de pagar 4 vezes mais e se não pagasse ia ser deduzido da minha conta na altura dos impostos.
Bolas, nunca mais me atrevi a tal rebeldia...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Drama no reino da Dinamarca - adoção

Passou um documentário na segunda feira com a história de uma família que adotou 2 irmãos da Etiópia - uma menina de 4 anos e um rapaz de 2.
O processo correu muito mal e 2 anos e meio depois de terem sido adotados a rapariga mais velha foi "mandada" para uma instituição porque os pais adotivos alegam que não conseguiram que ela se adaptasse à família.
A história é triste e mete impressão ver uma mãe adotiva que não estava preparada para adotar uma criança tão crescida, e que não soube lidar com a situação difícil que é ter uma filha de 4 anos revoltada por ter sido separada da sua família biológica.

Eu acho sinceramente que devia ser evitado adotar crianças maiores que 2 anos quando estas têm uma família, uma casa, irmãos e uma vida (que embora possa ser difícil) é a vida deles e os laços afectivos que criaram durante a sua curta existência.
Surpreendeu-me ficar a saber, que a grande maioria das adões não são de crianças órfãs, mas sim de crianças que têm uma família e são como que "vendidas" por variadas razões. Com 3-4 anos já percebem tudo o que se está a passar e são arrancadas da sua realidade sem terem voto na matéria.

Os pais adotivos, depois das reações inflamadas que o documentário provocou em que a maioria os acusa de terem sido cruéis e de desistirem da sua função de pais, dizem que tentaram TUDO para manter a filha na sua família mas que não tiveram ajuda suficiente de psicólogos ou pessoas com mais experiência para lidarem com as dificuldades.

Isto só demonstra que o processo de adoção tem de incluir uma formação intensa dos pais adotivos antes de as crianças estarem nas suas casas... Não é mesmo fácil criar um filho, e quando não há aquela ligação afetiva biológica que se estabelece desde cedo e pior que isso, quando os pais adotivos se sentem rejeitados pelos filhos que não escolheram aquele destino fica tudo muito doloroso.

Mas a minha principal conclusão é que devia ser considerado crime rejeitar um filho adotado, tal como um filho biológico, os pais adoptivos deviam ter ajuda para conseguirem ultrapassar os problemas, mas mandar os filhos embora porque não se adaptam à família não é justo e é de uma crueldade tremenda.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Saber ouvir

Ás vezes não apetece falar das maravilhas do dia a dia, ás vezes só há irritações para desabafar.
E aquelas pessoas que em presença de um desabafo desviam rapidamente o assunto para conversas mais floreadas que lhes agradam a elas deixam-me com naúseas.

Então falem vocês, não me perguntem e desviem o assunto, não me falem de coisas abstractas e aborrecidas quando o meu olhar está turvo de cansaço e a minha vida não é de princesa.

Há dias em que o silêncio é tão bom...
Mas normalmente as pessoas floreadas e sempre alegres não lidam bem com o silêncio. 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Reduz as necessidades - se queres passar bem...

Inspirada pelas declarações polémicas da Isabel Jonet dei por mim a lembrar-me das primeiras impressões de quando cheguei a Copenhaga.

Calhei viver num apartamento que não tinha duche! Imaginem... Eu vinha para um país do norte da Europa, país desenvolvido e muito mais "rico" que Portugal.
E havia apartamentos sem DUCHE!!
Estavam a construir um duche comum na cave?!?!? Imaginem como me senti... Foi o maior choque, e passei a tomar duche na piscina municipal e no trabalho. 

A minha indignação deu por mim a investigar se seria aquilo normal ou se eu tinha tido especial azar...
A verdade, é que há ainda em Copenhaga muitos apartamentos sem duche, em que as casas de banho são comuns porque não há espaço nem foram remodelados. É certo que há cada vez menos, mas ainda há... 
Isto para dizer que este país que vem em estatísticas como os mais felizes e dos mais desenvolvidos, tem padrões da normalidade e do aceitável muito inferiores à média em Portugal.
Há um planeamento central muito forte, e sempre se valorizou remodelar os prédios antigos, em relaçäo a destruir e construir tudo novo - com mais conforto mas com menos "respeito" pelo património cultural. 

E é em muitas outras coisas que valores básicos como a cultura e o ambiente são valorizadas   em detrimento de luxos e comodidades "fáceis" e populistas.

Por exemplo, os elevados impostos que existem em relacäo aos automóveis - um carro aqui custa mais de o dobro que em Portugal, decidiu-se que tem de ser assim para não estar tudo entupido de carros e tubo de escape.
É chato, as pessoas queixam-se também, não dá para ter 4 carros por família, a maioria só tem um e muitas mesmo não têm nenhum...

Não estou com isto a dizer que não há miséria em Portugal, a situação está cada vez mais dramática, principalmente para quem não tem emprego ou quem tem ordenados miseráveis.
As pessoas estão a ficar saturadas de tantos cortes principalmente sem verem resultados nem luz ao fundo do túnel. 

Mas há que concentrar o protesto, pensar no que é realmente essencial, não atirar em todas as direcções, e principalmente não perder a esperança... 


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Há quase dois anos foi assim... #2

Back to basics é tal e qual o que eu estou a viver.
O conforto da minha vida moderna evaporou-se! Voltámos 50 anos atrás e eu não sei viver assim.
Choque cultural é pouco, isto é choque temporal e geográfico.
A saber:
Não há supermercados, há muito poucas estradas pavimentadas e quando chove fica tudo elameado, há cortes de água quase todos os dias, já passámos vários fins de tarde sem eletricidade, e este fim de semana quase passámos a barreira de um fim de semana inteiro sem luz! - O que significou usar lanterna a partir das seis da tarde, tudo o que estava no frigorifico foi para o lixo e o entertenimento tem de ser tudo o que näo é electrónico... 
Além disso, o duche é frio e a água que sai do chuveiro é ridiculamente pouca e com pouca pressão.

Vivemos numa vila pequena, o que faz com que seja tudo mais autentico mas ao mesmo tempo um bocado desesperante… Não há nada aqui… É tudo muito local… Só mercado local, só produtos locais. De tal forma que sonho com os supermercados Dinamarqueses e tenho miragens da prateleira de chocolates…
Depois há uma cidade maior (Tanga) a 1,5h de distancia e já há um supermercado à séria com muitos produtos “europeus”. Quando fui a esse supermercado por um lado fiquei maravilhada por outro fiquei deprimida – Não pude deixar de pensar – tanta coisa que precisamos nós comparado com a vida simples que se vive aqui no mato (Korogwe).
Sendo a 1,5 e meia de caminho só dá para ir lá aos fins de semana, e como queremos conhecer outros sítios e aproveitar passear em vez de usar um sábado inteiro para ir ao supermercado… acabamos por não ir lá (só fomos uma vez). Bem, mas já chega de conversa de dona de casa :) só penso nos produtos que me fazem falta?? 

O Martin está mesmo óptimo, adora a vida aqui e aproveita-a muito bem.

Escaparmos do inverno em Copenhaga! Lá tem estado neve desde Novembro e embora ao inicio seja giro a neve, é mesmo muito frio, e não dá para estar com o Martin muito tempo na rua.
 Aqui ele está o dia todo no jardim, passeia de bicicleta, joga à bola, delira com as vacas, galinhas e burros que há à volta. É uma alegria.
Mas demorou quase um mês ou mais a adaptar-se. Dormia muito mal ao início, e por isso ficámos todos de rastos. Durante uns tempos nem ia para o jardim, tinha medo de tudo, mas agora é um valente, e passeia-se pela vizinhança de bicicleta todo orgulhoso.O T. está em casa com ele o dia todo enquanto eu trabalho, não deu para arranjar babá. A barreira cultural e linguística é muito grande... e ele precisa de alguém que o entenda.




quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Os nativos e as doenças

Dá para me deixarem em paz!?!? Só porque tenho uma tossezinha irritante há uma semana e meia, dá para deixarem de me mandar para casa!?!?

É absolutamente surreal a pressão social para se ir para casa quando se apresenta um sintomasinho de doença.
Eu passo a informar que durante o inverno tenho tosse crónica, no mínimo um mês, no máximo 3 meses, tosse irritante e que não passa nem que eu fique em casa uma semana.

Lá tenho eu de me justificar 3 vezes por dia que não estou contagiosa, que não tenho febre nem outros sintomas e que o médico Não me vai fazer nada!!

Uiiii que me estão a dar os calores...


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Trocar-lhe as voltas ou que Mãe chata!

m - Quero ter um gato!
eu - Era giro, mas coitadinho, ia ficar em casa sozinho enquanto tu estavas no infantário. Se calhar um dia podemos ter 2 gatos, assim ficam os dois a brincar enquanto tu estás na escola e eu no trabalho!
m - Não!! dois não... dois gatos arranham-me.
eu - OK... Então um dia quando andares na escola compramos um gato.
m - Pois, e depois eu levo-o para a escola!
eu - não se pode...
m - então já sei, vai para o teu trabalho!
eu - também não se pode.
m - Mãe, já não quero ter um gato!!

Fiquei-me a sentir um tanto ou quanto destruidora de sonhos...

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Homens!! ou será só o meu??

A melhor amiga do Martin lá na escola é mulatinha, e a mãe é Dinamarquesa e vive sozinha com a filha.
O Martin já foi a casa dela várias vezes brincar, a miúda também já cá esteve várias vezes e eu nunca perguntei se ela era adoptada ou se o pai vivia em África. 
Nessas coisas, sou sempre da opinião de dar espaço, se as pessoas quiserem dizer dizem e não tenho jeito nenhum para fazer a pergunta de uma forma natural sem parecer cusquice.
Mas é claro que tinha curiosidade de saber da história.

Pois parece que o meu homem já sabia tudo desde a primeira vez que eles brincaram juntos (há quase um ano atrás) e NUNCA comentou comigo!!


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Há quase 2 anos foi assim...#1

Os nossos tempos na Tanzânia foram memoráveis e escrevi montes de textos que vou publicar aqui de vez em quando:

"Passou hoje 1 mês desde que chegámos. E que mês!! Uma viagem enorme desde o mundo do imediato, do tudo acessível, mundo das possibilidades infinitas e do consumismo ao mundo do aguenta só mais uma hora, isso não há cá… isso só a 5 horas de distância, isso só se te mandarem...

Uma pessoa sente-se presa. Presa aos seus vícios do outro mundo… mas também presa por não ter o mínimo dos mínimos dos confortos da nossa vida. Eu sonho com a secção de chocolates do super mercado, e dá-me vómitos a única margarina que se arranja por aqui. Blue band é a marca… Nunca me irei esquecer -  Desejo manteiga como nunca antes o pensei fazer.

Sinto-me longe, como nunca me senti. 
Mesmo que a minha mãe me telefone e a sua voz esteja tão perto, mesmo que fale com a minha irmã ao telefone, sinto-me mais longe que nunca. 
Como se houvesse uma barreira tão grande entre o que eu estou a viver e a vida que elas vivem que não dá para conversar… 

Tenho saudades do meu dia a dia, das pequenas coisas, de ter uma cantina, um café, uma bolacha, um chocolate, mesmo ali a 5 minutos do meu escritório. Nunca pensei que isso fosse tão importante para mim, e quase me sinto ridícula ao sentir verdadeiras saudades da minha cantina. Mas sinto…

Aqui há um venda de bananas e Mangas, são boas são… mas são só bananas e mangas, sempre, desde que cheguei. 
Há também uns bolinhos oleosos, que de certeza vou ter saudades quando chegar a Copenhaga… Mas por agora tenho saudades da minha cantina do trabalho. Até já dei por mim a QUASE clicar no site da cantina, para ver o menu da semana.

“Viajar não é encontrar o que se procura mas encontrar o que se encontra” disse o Miguel Sousa Tavares algures aí mais ou menos assim... E é mesmo!

Não sei o que esperava… mas nunca pensei ser tão básica nas minhas saudades. De certeza que não esperava ter tantas saudades da minha cantina.

Viajar e mudar-se para um país são coisas muito diferentes. Mudar-se sozinha e mudar-se com a família também são coisas muito diferentes. Já me mudei para Copenhaga sozinha, já me mudei para Creta quando estudava, agora mudo-me com apêndices. 

É menos solitário, claro… mas é mais stressante. Há 3 pontos de equilíbrio - Eu o T. e o Martin, qualquer desiquilibrio em qualquer um dos três arrasta os outros em queda livre. 
Já era assim mais ou menos na nossa vidinha normal. 
Mas aqui só nos temos a nós. Nós somos os mesmos e o resto mudou. 
TUDO à nossa volta mudou, pessoas, casa, tempo, comida, tudo!! Portanto é compreensível que o Martin se agarre a nós mais do que nunca o fez na vida toda dos seus 2 anos."

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Discursos para que vos quero...

Aqui no reino dos vikings, festa que é festa importante tipo casamento, baptizado, 40 anos, 20 anos, crisma, tudo o que meta família e festividades sentadas à mesa tem normalmente pelo menos um discurso, e se for um casamento há pelo menos uns 10!
Por um lado é muito giro, une as pessoas numa festa onde se contam histórias engraçadas sobre a pessoa que faz anos ou se casa e também se dizem muitas coisas bonitas.
Para mim era uma seca quando não percebia a língua e agora que percebo, não é melhor, aquilo bate-me forte no sentimento e choro sempre.
Houve uma vez que até tive de me levantar e ir para a casa de banho porque já não dava para disfarçar.
Claro que viro a chacota da família.

A minha única desculpa é que não estou habituada a estas frontais declarações de amizade ou amor públicas e na minha terra não há disso :) 



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Não faz por mal...

Porque é que sempre que há pessoas maldosas que fazem comentários estúpidos e provocadores, há igualmente um número de defensores que dizem que essas víboras não fazem por mal?
É páhh...

domingo, 16 de setembro de 2012

Respira, relaxa, descontrai - Nããão estás a perder nada...

Aquela inquiteção aquele nervosinho, o olhar para todo o lado e o sentimento de insatisfação.

Eu viciada me confesso que tenho de verificar mail, facebook e instagram umas 10 vezes por dia - mas quando encontrei este texto através de um blog que já não me lembro qual - 

Parei, ri-me de mim própria e concluí - é mesmo isto!!
Our lives are often ruled by the Fear of Missing Out, or FOMO. (Never heard of FOMO? You’re missing out.)
Some ways we let the fear of missing out rule us:
  1. We check email, Facebook, Twitter and other social networks often, in case we’re missing something important.
  2. We try and do the most exciting things, and are constantly in search of exciting things, because we’re worried we might miss out on the fun that others are having.
  3. We constantly read about what other people are doing, and try to emulate them, because it sounds like they’re doing something great that we’re not.
  4. We often want to travel the world, because it seems that other people are living amazing lives by traveling all the time.
  5. We miss what we don’t have, miss places and people who we aren’t with.
  6. We work constantly, because we think if we don’t, we might miss out on opportunities other people will get.
  7. We feel like our own lives are poor in comparison with the great lives others are leading, and so feel bad about ourselves.
Zen habits

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Quando as mães incomodam mais que os filhos...

Depois de uma semaninha de férias com muitas horas passadas em parques infantis, piscinas, salas de crianças e afins tenho uma nova conclusão antropológica...
Há muitos mais pais e mães que incomodam muitos mais do que os filhos barulhentos.
"Não facas isso..."
"Diz desculpa à menina"
"Vem para aqui!!"
"Fala mais baixo!!"

Bem, estamos em sítios para crianças deixem os putos em paz!! Estão-se a divertir...
(desde que não ponham ninguém em perigo...)

E além disso a maioria daqueles comentários não são para educar o filho, são mais para mostrar à plateia que são pessoas que metem os filhos na ordem.

A maioria dos miúdos não liga pêvea ao que os pais dizem porque aquela lenga-lenga das ordens é o pão nosso de cada dia e continuam a fazer exactamente como estavam a fazer. E nós (os outros pais e miúdos) continuamos a ouvir o chorrilho de ordens e não resultam em nada.

A melhor de todas juro que fiz um esforço enorme para não me desatar a rir.
Mãe de uma miudinha amorosa de máximo dois anos que tentava subir a umas escadinhas para ir para um escorrega (em que tudo era tamanho mini e alcatifado não havia ali perigo nenhum de se magoar):
"Ai Ai - ou fazes bem ou então não vale a pena fazeres!!"

Não é que o meu filho seja perfeito ou mais fácil que os outros. Mas eu dou-lhe liberdade e ele usa-a bem. Quando faz uma coisa mal só digo duas vezes, a ele e não a gritar para a outra ponta da sala, se não resulta - vamos embora do local do crime e acaba-se o divertimento.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Momento - Ter um filhote e um cãozinho é quase a mesma coisa

Ah pois é...
Fim de tarde no parquinho mais perto de casa, aquele sem casa de banho mas com um café ao lado.
"Quero fazer cocó!!"
Ok, no problem, vamos ao café.
FECHADO...
Uops...
Olho para um lado olho para o outro, nada de cafés à volta.
Ok vamos aquela árvore...
Faz o servicinho, mãe recolhe o servicinho e deposita no caixote de lixo mais próximo.
Filhote ri-se a bom rir enquanto diz muitos Blhéque, que nojo...

Nota mental - comprar mini-sacos de lixo para ter na mala...

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

estou tramada com o puto...

Conversa profunda na banheira:

- Mãe não quero que fales Português comigo.
- ?!?!?! Porquê?
- Porque eu não gosto
- (Eu armada em esperta...) Tens vergonha é?
- Não, mas eu não quero que fales Português, quero que fales a outra língua.
- (Eu a tentar sair airosamente da situação) Fazemos um acordo: Eu falo Dinamarquês contigo na escola e ao pé de outros meninos, mas em casa falo Português.
- Não!! (ai queres negócio, então eu dou-te negócio) falas Português na escola e ao pé dos outros meninos e falas a outra língua em casa comigo.
- (cum camandro, não é vergonha, é mesmo revolta total) Não fofinho... A minha língua é o Português e eu só falo Dinamarquês com quem não percebe Português.
- Choro sentido e durante uns 10 minutos...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Agendas preenchidas

Os países mais a norte são conhecidos por serem muito organizados e por as pessoas terem uma agenda muito preenchida e com pouco espaço para a espontaniedade.
É uma das coisas que choca os latinos quando cá chegam é que os Dinamarqueses têm tudo planeado ao milímetro.

A mim já não me choca, mas irrita-me um bocado em certas ocasiões... 
No ultimo aniversário do Martin convidámos alguns amigos com 3 semanas de antecedência e só uma família é que podia!! Se não fossem os amigos Portugueses e a família, não havia festa para ninguém...
Depois há uns dias um amigo do meu marido disse que se queriam combinar uma saída ao fim de semana tinha de ser a partir de Outubro, porque até lá tinha TODOS os fins de semana preenchidos.

Oh minha gente... se combino um encontro com mais de 3 semanas de antecedência, chega ao dia D e não tenho vontade...
Então com 3 meses de avanço só mesmo viagens ou casamentos!
E é assim, parece que estou muito integrada mas mesmo assim após quase 10 anos há ainda vestígios de choque cultural.

domingo, 5 de agosto de 2012

Domingo ao largo

O humor familiar esteve em baixo mas mesmo assim os passeios de barco e as vistas distraíram o piqueno e a piquena.



A nossa torre das argolas é mais gira que a vossa :)




Fomos ver a casa do motor - giro para gajos - motores a sério que fazem barulho e até deitam fumo. E em exposicão um incrível e enorme motor de um barco que nos anos 30 era o maior do mundo (Aqui também se focam nas vitórias do passado :-)


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Acabou-se a papa doce...


Está a custar ao Martinico entrar na rotina depois das férias.
Todos os dias de manhã mal acorda pergunta-me com grande expectativa:
- O que é que vamos fazer hoje?
O meu coração parte-se em bocadinhos ao responder - Infantário...
Ele diz um grande Nãoooooo, não quero ir todos os dias para o infantário...
Isto para uma mãe é tortura tipo faquinhas pequeninas espetadas em todo o lado.
Depois segue-se a lenga-lenga do trabalho e do ganhar dinheiro para ir de férias e comprar presentes e lá o rapaz se conforma...
A verdade é que ser mãe a tempo inteiro não dava para mim. Depois de uma longa licença de maternidade, concluí que preciso de ter um trabalho fora de casa para manter a sanidade mental.
Mas adorava trabalhar muito menos horas - tipo 30 horas por semana - o que me permitiria ter um dia livre, assim à quarta para ir passear com o meu filhote.
A parte do ordenado mais curto é que não me apetece mesmo nada...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

domingo, 29 de julho de 2012

Morder a língua

Se há coisa que a experiência de vida me tem ensinado mais é a ficar calada...
Pensar e não dizer o que me cruza a moleirinha.
Julgar - Nunca - e ouvir cada vez mais...
Pois o tempo tem-me vindo a mostrar que as certezas da vida quase sempre se viram ao contrário consoante o capítulo.

Aos 8 anos criticava os adultos por nunca tomarem banho na praia. Cheia de certezas apregoava às minhas amigas que eu iria tomar sempre muitos banhos e mesmo que a água estivesse fria. 
Hoje não ponho os pés na água a não ser que o calor esteja abrasador e tenha mesmo que ser - um banho é o máximo que consigo nos dias de verão louco.

Aos 20 criticava a vida aborrecida dos casais em que as noites eram passadas em frente ao televisor.
Hoje em dia, confesso que a maioria das noites passamos cada um em frente ao seu computador e nem sequer sabemos o que o outro está a fazer.

Aos 25 achava do mais deprimente possível - fazer férias em casa.
E estas férias foi isso mesmo que fiz - estou feliz de relaxada e amei estes dias de pausa na minha cidade.



quinta-feira, 12 de julho de 2012

Instagram addicted


Novo vício que adoro...
eu que nem nunca fui interessada por fotografia, mas aquilo é a plataforma ideal, simples mas que ao mesmo tempo dá para experimentar alguma coisa e desafiar a imaginação.

Aqui vai uma foto do meu fofinho mais lindo num dia de alegria descomunal.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Porque é que é tão difícil cortar o cabelo aos rapazes pequenos?



Espero não ofender ninguém, mas tenho uma genuína curiosidade no aspecto de cortar o cabelo aos putos.
Tanto em Portugal como na Dinamarca vejo montes de bebés e rapazes pequenos com o cabelo bastante comprido quase sempre a precisar de corte.
Primeiro pensei que era forretice, ah e tal é chato cortar o cabelo e difícil e é caro levá-los ao cabeleireiro, mas desde que o assunto me fascina tenho vindo a sondar mães conhecidas e tenho a impressão que é mais do que isso.
Não é preguiça ou vontade de não gastar dinheiro, é mesmo uma relutância em cortar o cabelo...

Então se tiverem caracóis!! uiiiii então é que os putos não vêm a tesoura durante anos, Deus nos livre de cortar os caracóis, e andam assim com um aspecto estrela de rock durante muito tempo...

A uns amigos nossos que também não gostavam muito de cortar o cabelo ao filho até chegou a acontecer que a ama um dia fartou-se da farta cabeleira do puto e deu-lhe uma carecada!! Os pais passaram-se... Mas eu compreendo a senhora :)))

Eu não fui mordida por esse bicho e detesto ver o meu filhote com o cabelo comprido. Usamos a máquina do pai e vai de 3 em 3 meses à máquina quatro. Adoro vê-lo de cabelo curtinho.

fotografia

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Summer in town

Em Copenhaga é em Julho que toda a cidade tira férias.
As ruas ficam desertas, os take-aways favoritos fecham, o trabalho fica às moscas.

Este ano decidimos ficar por cá, e entre chuvadas intensas e dias de sol muito desejados, esta cidade tem muito a oferecer no verão.

Chove muito mais do que o admissível, mas talvez por isso mesmo haja muita actividade para nos distrair do mau tempo.
Já estive a fazer a agenda cultural da época e só escolhi actividades para crianças (até agora).
A lista não pára de aumentar e temos actividades para todos os dias com teatro de rua, concertos, pinturas em museus (nos dias em que chover...) - Tudo Grátis!
Até agora não estou arrependida de ter ficado sozinha na cidade, mas ainda agora o mês começou... 



quarta-feira, 4 de julho de 2012

Verdadeiro Português

Por causa deste post lembrei-me que o meu filho é assim.
Mas ainda tem 3 anos, por isso espero que aprenda com a idade.
Nunca diz que não redondo... Desde que fala melhor e que se expressa, tenta sempre não ferir os sentimentos de quem lhe faz perguntas ou quem lhe dá uma ordem.

Se não quer vestir uma coisa diz - "Outro dia..."
Se não gosta da comida diz: "Hoje não gosto lá muito".
Se eu lhe digo que tem de cortar as unhas ele diz: "Logo à noite..."

Eu não sei de onde lhe veio esta mania mas só pode ser dos genes Portugueses.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

os trinta

Quase a chegar aos 33 tenho uma ideia do que é isto de ter trinta anos. 

É aquela idade em que se acabou o potencial, o aprender, o escolher... 

Aos 30 e tal já é suposto estarmos bem instalados naquilo que escolhemos e sermos o tal sucesso que sempre se esperou de nós, ou que nós esperámos de nós mesmos. 

Se queríamos ter filhos e não temos começamos a stressar, se temos filhos que tanto queríamos queixamo-nos da vida stressada e da rotina do dia-a-dia e de tudo o que deixámos para trás na vida antes dos filhos. 

Se não temos filhos e não queremos, começa a questão do que é que queremos afinal? O que fazer com tanta liberdade? 

Nos 20 havia a dúvida e a responsabilidade da escolha mas ainda a esperança no potencial de tudo q podia acontecer e ao 30 embate a realidade das escolhas que tomámos. 

Bem-vinda vida adulta! - Pode não parecer mas gosto muito de ti :)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Aviso - post deprê a condizer com o verão Dinamarquês

Há uns 8 ou 9 anos estava eu fresquinha acabada de chegar à Dinamarca e falei com um senhor Português que conheci em Christiania e que se definia como Português e Cristianito (não do CR7 mas de Christiania de Copenhaga).
Para grande espanto meu ele disse que AMAVA Portugal e por isso há vinte e tal anos que não lá ia.
Que para visitar não queria ir, só queria voltar quando fosse para ser de vez.

Eu achei aquilo muito esquisito...
mas juro que hoje compreendo a 100%.
Näo estou por sombras perto de fazer o mesmo, mas percebo...
Porque cada vez que lá vou as saudades aumentam e a desilusäo é maior.
Saudades da vida que era minha e que já näo é, tudo o que ficou para trás e tudo o que näo vivi.
Vivo outras coisas mas a vida que eu construi com tanto carinho durante 23 anos ficou para trás.

Mummy Power

Sempre que havia discussões em minha casa, sempre tomei o partido da minha mãe.
Não por dever ou obrigação mas porque achava sinceramente que ela tinha razão em tudo.
Depois de crescida e ao rever em mente algumas discussões frequentes familiares e analisando mais à distância e já sem o poder do afecto e Mummy-dependência, chego à conclusão que nem sempre as coisas eram assim tão simples, e que nem por sombras a minha mãe tinha razão em tudo.

Por isso merecia ter um filhote tão fiel como eu fui.

Hoje zanguei-me à séria com o martinico. Depois de levar 3 vezes com o mata moscas em cheio, e de o ter avisado que se me batesse mais alguma vez ficava sem mata moscas (o brinquedo favorito do momento! LOL).
Drama, choro, injustiça, quero o mata moscas de volta!
Não... Agora é castigo!!

Pois quem foi a vítima do mau humor subsequente foi o Pai que não fez nada e não o castigou.
O Martin disse que estava zangado com ele, que não o queria lá no quarto enquanto eu continuava a preferida e ao lado dele a gozar o prato.

Lindo...  

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Conclusäo de hoje - Já estou há muitos anos na Dinamarca...

Jogo Portugal vs Dinamarca hoje à noite e a conversa dispulta no laboratório.

Vários dos maus colegas perguntam-me por quem é que eu vou torcer ?!?!

Maffa sempre elegante e nada bruta responde:

- O que é que tu achas???

Uopps

Na segunda vez que me perguntaram já não tomei como ofensa mas mais como elogio.
Ena pá... já me consideram tão integrada que acham que eu iria torcer pelo meu país acolhedor!

sábado, 9 de junho de 2012

Idade dos Porquês

O Martin entrou oficialmente na idade dos porquês.
Sempre achei que seria muito giro!! e prometi a mim mesma que se não soubesse a resposta ia mesmo procurar e nunca inventar.



No entanto, hoje fomos ver um espectáculo de dança ao ar livre e ele esteve uma hora e meia a perguntar porquês impossíveis:
- Porque é que eles estão vestidos assim?
- Porque é que eles estão a fazer isso?
- Porque é que só têm uma meia?
- Porque é que a menina bateu no chão?
.... etc....

Por um lado percebo, que ele queira perceber o que está por detrás da dança e a história que se está a contar (se é que há alguma história)
Mas eu não sei... Nem dizia em lado nenhum!
ou seja - uma hora e meia de respostas evasivas da minha parte:
- Se calhar é porque...
- Olha é a dança...
- Não sei...
- Não sei, mas é giro não é?

 está muito científico o meu filhote, tem de ser levado mais às artes :) 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Fashion Victim

Nunca imaginei que aos três anos e especialmente sendo rapaz, se pudesse gostar TANTO de roupa...
Para o meu filho é quase tão bom receber uma t-shirt como uma pistola.
Adora roupa nova e fica tão contente de a vestir que quando chega ao infantário a primeira coisa que pergunta aos amigos é se gostam de camisola nova dele - ao que eles olham com uma certa indiferença...
Eu acho demais, excepto quando a esquisitisse bate à porta e só quer AQUELE par de cuecas com o Bakugan e essas estão para lavar, ou quando só quer vestir calcas de fato de treino dia após dia...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Faz barulho!

Eu sempre achei que até cantava bem... Não o suficiente para me dedicar a isso (nem por sombras) mas bem o suficiente para cantar em bom som em qualquer coro improvisado.
Bem o suficiente para saber muitas musicolas e as cantarolar de vez em quando estou distraída e absorta na minha vidinha (no banho, nas limpezas, a andar de bicicleta...)
No entanto, sempre achei que o momento idílico de comunhão entre mãe e filho seria a cantar.

E aí está o momento em que tudo desmorona. O meu filho não gosta de me ouvir cantar...
Pára tudo!!
Mais uma desilusão da minha imagem perfeita da maternidade.
Provavelmente é porque as músicas que eu canto não são as mesmas da escola...
Mas mesmo antes do martinico ir para a escola, eu levava sempre com desmoralizadores "Shiiiuuuu - faz barulho!!" durante as minhas performances caseiras.
Houve muito tempo mesmo em que não lhe cantava à noite para dormir.
E agora faço-o mas nunca há aquele coisa de discos pedidos, tipo:
"Mãe canta esta, agora esta..."
Nada... limita-se a ouvir as 3 músicas do costume e a adormecer.

MAS descobri uma música que ele gosta e que me pede muito para cantar.
Quase todos os dias !
Estou tão fartinha da musica mas fico tão contente ao mesmo tempo por finalmente ele gostar de uma musica porteguesinha e a querer ouvir non-stop!!



terça-feira, 15 de maio de 2012

Escapadinha

Escapei dois dias da minha vidinha e fui passear a Berlim.
Foi mesmo perfeito! 
Fui com duas amigas do antigamente mas daquelas amizades que não desvanecem nem com a distancia nem com a falta de comunicação ... 
Não consigo bem explicar, mas senti por algumas horas, durante o fim de semana, que o tempo tinha voltado atrás e que eu era a Mafas da faculdade despreocupada e curiosa, que andava a explorar uma cidade com as amigas. 
A minha vida familiar de Copenhaga parecia lá looonge... quase como um sonho. 

E foi bom... muito bom!!

Nem tive saudades do meu pequenote, principalmente porque sabia que ele estava bem.
Claro que doeu um bocadinho quando ele quase me desligou o telefone na cara quando eu lhe disse que ainda andava a passear e que não ia já para casa.
Mas quando cheguei tive direito ao maior sorriso do mundo e aos melhore abraços do universo. 
e o seu ar de admirado: "Estás cá?".

Isto de ser mãe é tão especial, ter alguém que deseja a nossa presença mais que tudo no mundo... Sentir que o meu filhote me quer ao seu lado de preferência sempre e a todo o momento  - completa-me e faz-me sentir importante.

Mas mesmo assim uma escapadinha de vez em quando sabe mesmo bem...

domingo, 13 de maio de 2012

Portu-dino


Já vivo há 9 anos em Copenhaga. Acho que é isso que me define mais na minha vida - sou emigrante, emigrante com tudo o que tem direito - muita saudade, muita nostalgia, poucas viagens à terra e de vez em quando alguns erros no Português...

Hoje no grupo dos Portugueses na Dinamarca veio um homem deitar abaixo quem dá erros, e que devíamos ter vergonha na cara...
Um exagero completo porque o Facebook é para trocar ideias rapidamente e as gralhas são inevitáveis.
Mas dei por mim a pensar que eu já dava alguns erros antes de ser emigrante e agora ainda mais...
Claro que não gosto, e evito ao máximo fazer aquele truque do emigrante da Suíça de falar o franceguês. "On vamos de vacances a la Portugal" e outras pérolas que tais.
Mas muitas vezes, com pessoas que aqui vivem, acabo por misturar palavras dinamarquesas (substantivos principalmente) num discurso em Português porque é mais fácil e rápido...
Credo...
Por exemplo, nunca uso a palavra infantário em Português, é sempre em Dinamarquês.
uuoopppsss
vamos lá para com isso menina Mafas!

Tenho de estar sempre a fazer um esforço consciente para falar Português em casa quando tenho um marido Dinamarquês e um filhote que só fala em Dinamarquês (embora perceba o Português).

É dificil mesmo... O puto só responde em Dinamarquês e nem mesmo obrigando o ponho a falar Português.

Quando estamos em Portugal lá treina um bocado e as coisas saem-lhe, mas com algum esforço e ainda com confissões noctívagas com lágrimas e tudo:
"Mãe, eu não consigo falar Português..."

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Tirar a carta - o meu lado controlador comunista

Ter um filho devia ser como conduzir
Devia ter de se passar um teste de teoria e de prática para sermos autorizados a mantê-lo.
Levado ao exagero - O que eu quero dizer é que há toda uma informacäo actualizada / pedagogia que muitos pais nem querem saber nem se preocupam em procurar e educar mal criancas leva a desastres piores na sociedade do que acidentes nas estradas.

Sorrisos Sorrateiros #1

Esta vai ser uma rúbrica a repetir non stop com os dizeres do meu filhote que me fazem derreter.
É engracado como ser pai ou mäe nos torna altamente focados na nossa cria e a achar que cada nova frase ou espontaneadade é a coisa mais ternurenta que ouvimos em toda a nossa existência.

filho - mäe mäe - anda ver um bebé na televisäo
eu - Ah que querido!!
filho - sim
eu - Podiamos ter um bebé cá em casa?
filho - Näo!! um cäo!!

Foi a primeira vez que ele mencionou querer ter um cäo 

As descobertas da (quase) meia idade

Descobri uma maneira de näo adormecer ao ver filmes em casa 
Passar a ferro enquanto vejo o filme...
Estou de volta ao mundo dos blogs depois de 3 anos de pausa.
No fora do galho quero ter muitos registos, poucas fotos (porque isso dá muito trabalho) e muitas teorias, experiências e postas de pescada sobre o que me passar na moleirinha.